Robôs na sala de cirurgia
Comandados por médicos, eles executam operações que resultam em menos sofrimento para o doente
PRECISÃO Médicos usam o robô Da Vinci para realizar manobras exatas Desde que a robótica foi incorporada à prática cirúrgica, a medicina entrou em uma nova era. A chegada dessa tecnologia aos centros médicos revolucionou a forma de fazer operações. Comandadas por médicos, essas máquinas realizam movimentos delicados e precisos que resultam em diversos benefícios para os pacientes. Em geral, os cortes têm cerca de um centímetro, o sangramento durante o procedimento é menor, assim como o tempo de internação e de recuperação. No Brasil, a cirurgia robótica está disponível em três hospitais, todos de São Paulo - Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz. Entre as principais intervenções realizadas com a ajuda dos robôs estão as cardíacas, urológicas, ginecológicas e bariátricas. Recentemente, uma cirurgia para retirada de tumores de cabeça e pescoço foi feita com o auxílio das máquinas. Em um artigo publicado na edição deste mês do Archives of Otolaryngology - Head & Neck Surgery, os responsáveis pela operação atestaram o potencial do recurso. "Além de boa visualização da lesão, o método permitiu boa preservação de funções que poderiam ter sido danificadas", afirmaram os médicos. Uma das áreas que mais se beneficiaram foi a urologia. Operações para retirada de câncer de próstata costumam ser feitas pelas técnicas convencionais, com cortes maiores. É que, nesse tipo de intervenção, é difícil usar o método da videolaparoscopia - também caracterizado por cortes menores. "Mas com os robôs é possível executar a cirurgia de maneira mais delicada", explica o médico José Carlos Teixeira, do Departamento de Programa de Prática Médica do Hospital Albert Einstein. O hospital também realizou - pela primeira vez na América do Sul - um procedimento de altíssima complexidade que envolvia a retirada de tumores no pâncreas, intestino e estômago. "Foi um sucesso"
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